Exercício cerebral, atividade física e controle da saúde: é possível atrasar o início do Alzheimer

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2017 11h06
Reprodução/ Unsplash

O dia 21 de setembro marca o Dia Mundial do Alzheimer, uma das principais demências do mundo, que ainda é mal compreendida e complicada de ser diagnosticada. No Jovem Pan Morning Show desta quinta-feira (21), o médico Fabiano Moulin deu dicas para reconhecer a doença e “driblá-la” na medida do possível.

O doutor explicou que, ao contrário do que muito acreditam, é possível adiar consideravelmente o início do Alzheimer. “Até mesmo para os pacientes que já têm a doença, nunca é tarde demais para o cérebro”, apontou.

“O exercício cerebral constrói um cérebro mais forte, então é preciso flexibilizar o aprendizado e permitir que o cérebro passeie por outros campos para construir uma reserva cerebral”, alertou.

Entre as atividades que estimulam o cérebro estão: aprender um novo idioma, estudar, ler, se aventurar em diferentes artes que expandam o cérebro, como a música e a pintura. A prática de atividades físicas e o controle da diabetes, colesterol, hipertensão e sono também levam a uma evolução mais lenta do Alzheimer.

O doutor também deu dicas de como identificar a doença em parentes e amigos próximos: “é preciso comparar a pessoa na sua história. Como ela era há 6 meses e como está hoje, comparar com as pessoas da mesma idade e ver o prejuízo de comportamento”.

O Alzheimer atinge cerca de 30 milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, o especula-se que o número de casos seja de 3 a 5 milhões. A doença, no entanto, não é resultado exclusivamente de uma carga genética. Esses casos, na verdade, representam apenas 1% de todos os registrados.

“O ambiente da vida que eu levei desde a educação infantil, se fui ativo fisicamente e mentalmente vão determinar os casos”, indicou Fabiano ao fazer outro alerta.

“Não podemos nos achar vitimas do envelhecimento, temos que construir o envelhecimento, tem que ser uma construção da vida toda”, falou sobre as formas de atrasar a doença no futuro.

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