Cachorro Grande garante que letra de "Electromod" é apartidária: "atiramos para todos os lados"

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2016 12h29
Johnny Drum/Jovem Pan

O Cachorro Grande criou polêmica quando lançou o single “Electromod”, em agosto desse ano. A banda gaúcha fez críticas contra a esquerda na letra da canção, como nos versos “Vota no PT/Depois vem pagar de intelectual”. No Jovem Pan Morning Show desta terça-feira (4), Beto Bruno, Marcelo Gross e Pedro Pelotas garantiram que a letra é apartidária e que a intenção era atirar para todos os lados.

“Dá muita margem para interpretações diversas. Na verdade, acredito que não é partidária. Nossa intenção era atirar para todo lado. Nós estávamos falando sobre o que estava pegando na época. Estamos batendo de frente contra uma patrulha ideológica. Pegamos isso para bagunçar mesmo”, explicou o grupo.

Beto Bruno ainda fez questão de relembrar das influências anarquistas que trazem de bandas inglesas como o The Clash, de quem são muito fãs. “A letra tem um tom de anarquismo”, ressaltou.

O álbum “Eletromod” é o oitavo trabalho de estúdio dos roqueiros, o segundo a ser produzido por Eduardo K, vocalista do Defalla. O trio que compareceu ao programa afirmou que adoraram sair da zona de conforto e buscar uma nova sonoridade para apresentar aos fãs.

“É mais um disco produzido pelo Edu, que é um cara que queríamos fazer uma coisa com ele. Nos amarramos, mudou nosso estilo de gravar. Ele parece um cara da banda. É uma fase nova e estamos muito felizes. Ele que tem essa propriedade de rock eletrônico, só veio a somar. São os discos mais incríveis da nossa carreira”, falaram.

“É cada vez mais difícil viver de rock no Brasil”

O rock é um estilo que perdeu muito da sua força no Brasil nos últimos anos. Para o Cachorro Grande, o movimento emo foi o grande responsável por colocar o rock no limbo do gosto popular.

“Está cada vez mais difícil viver de rock no Brasil. A gente tem que achar nosso espaço, nosso público. Perdemos espaços por conta da falta de conteúdo da última geração. Aquela turma tirou um pouco da credibilidade do rock”, opinou Bruno.

“Não era uma galera que vivia junto e decidia montar uma banda. Era um povo que entrava no estúdio e já queria comprar um iate”, acrescentou.

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